segunda-feira, abril 11, 2011

A Misteriosa Chama da Rainha Loana*

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De cada vez que morre alguém que habitou a minha infância dou comigo a pensar: "É, agora cabe-nos a nós".
Em geral há sempre muita gente nos velórios e nos funerais, por isso tentar traçar um panorama disto é relativamente fácil. Basta olhar. Basta ver. Como também acabam por se tornar em raros pontos de encontro, especialmente para alguns, o mapeamento da coisa é todo feito ali, pelo olhar, num diagnóstico de breves segundos.

[não posso escrever mais sobre isto. cifrar o mais possível, chegados aqui.]

Então o que fazer com isso, que rumo seguir?
Ou será apenas o tempo que passa uma enorme marca "correcto" sobre tudo o que também eles tiverem de (in)decidir...

[espaço espaço]

Podemos tentar visitar espaços que já não existem?

Foi por nos termos ido embora que eles acabaram ou a vida é mesmo assim?
(Teriam resistido se tivéssemos ficado? Precisávamos de ter ido pra tão longe? Ainda é possível voltar? Será que fomos mesmo embora? Ou saímos apenas para ver afinal são mesmo estes os que fazem sentido? Ou não passa tudo isto de uma ilusão passageira?)

Depois de muito pensar, a conclusão a que chego é de que não devemos pensar muito nas coisas, por isso sigo, pensando sobre isso.

* - excelente livro de Umberto Eco, sobre o revisitar da infância.
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