quinta-feira, março 24, 2011

i o mundo lá fora

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No ecrã e nos Passos Perdidos, o país aparece-me tão raivoso como um cão maltratado, bruto nos modos, inconsequente, infantil nas bocas de bancada para bancada, um "diz que disse" fictício, uma narrativa que tantas vezes nada tem a ver com a realidade, uma novela mal encenada quando tudo parece prestes a pegar fogo. Apago a televisão para ter a cabeça limpa. Lá fora continua a haver sol e pessoas na rua e gente feliz porque é Primavera. E agora?

Por Hugo Gonçalves, no jornal i


Era daqui a crónica que me fez ganhar o dia.
Ontem dei por mim a pensar alguma coisa parecida, quando finalmente saí, pec chumbado. Tive de conduzir até Sintra e foi um maravilhoso desligar, ainda para mais com uma conversa telefónica que me levou para longe.
Nos cafés de Torres Novas discutia-se muita política e eu não conseguia perceber quem era aquele gente.
Hoje de manhã, na Actis, durante 10 minutos, aquela foi a melhor tarte de amêndoa do mundo e toda a gente me mimou e me sorriu (tenho tantas saudades). Estava sol lá fora.

[& calculo que haja epicentros carregados de energias negativas.]

Aqui fica um excerto, prometo pôr em breve a outra crónica online.
O i é de direita, mas é dandy, é light e trendy-cool. É por estas e por outras que gosto tanto do i: é uma revista em forma de jornal e diária, e a maior vantagem é quase não ter notícias. Não as levemos tão a sério, pois.

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