Pois, às vezes estas interrogações passam-nos pela cabeça.
Querer fazer tudo, não abdicar.
Como dizia uma amiga minha: "tornar-se num valete de tudo e rei de nada". De Malta para o mundo, mas é mesmo a calhar...
A semana não é lenta, o fim de semana passa a correr, entre mil ocupações. Cá estou, cansada. Mas contente.
O que me chateia às vezes, o que mais me chateia, é acabar por não dar o salto em nada. Manter-me a fazer tudo, medianamente, sem obter a excelência em alguma coisa.
(Talvez porque a arte da escolha nunca foi o meu forte, não deve ter sido daquelas competências que adquiri aos 4-5 anos!)
Hoje estou em casa, muito sossegada. A lutar comigo mesma para não ir dormir (so far, so good), mas a gozar as imagens e os pedacinhos de coisas que neste fim de semana souberam mesmo bem.
(Os dois dedos, rápidos, de conversa ontem à noite fizeram maravilhas. Os Xutos, o solo, todo o concerto.)
Agora, mantenho-me acordada com os Divine Comedy, que miraculosamente redescobri ontem. Talvez por isso também me invada este sentimento Dandy.
Vou aproveitar para trabalhar.
4 comentários:
Nem imagina quanto é estimável não alcançar a excelência. Só quem com ela contacta frequentemente pode dizê-lo. Descanse e divirta-se: viva, numa palavra.
Nem imagina quanto é estimável não alcançar a excelência. Só quem com ela contacta frequentemente pode dizê-lo. Descanse e divirta-se: viva, numa palavra.
Será melhor ser excelente numa coisa só e talvez com isso mau a todas as outras, ou será que é melhor ser apenas razoável em muitas? Como é natural depende de pessoa para pessoa, aquilo em que se acredita, aquilo que se pretende para si mesmo e mais um sem número de condicionantes.
Acho que o que melhor me define é a seguinte "pequena história" que se segue; Um dia disseram-me com um tom um pouco jacoso:
-Sabes tanto...
-Não sei muito sobre uma coisa, sei um pouco acerca de muitas coisas- respondi.
Mas isso é como eu gosto de ser. Cabe a cada um decidir para si.
"O que me chateia às vezes, o que mais me chateia, é acabar por não dar o salto em nada. Manter-me a fazer tudo, medianamente, sem obter a excelência em alguma coisa."
Penso isso em relação a mim próprio. Não sei porque o faço, mas acho que sempre fui assim.
A única coisa que me deixou mais tranquilo foi o facto de conhecer pessoas que dizem que queriam fazer coisas mais diversificadas.
Enfim é difícil pesar, mais tarde as contas serão feitas.
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