segunda-feira, setembro 30, 2013

post e-day blues

         
Surpreendentemente, não há (muita) ressaca.
Há o dever cumprido e, apesar dele, ficar de certa forma não chateada com o resultado final (menos mal).
Por outro lado, e esse o amargo de boca, acho que vivo pela primeira vez numa freguesia, ainda por cima agregada, com um executivo de direita. Perdi a freguesia, não me sinto freguesa, nem que alguma coisa daqui me representa. Obrigada governo, não fosse a união e teria freguesia, não fosse a união e teria um executivo de esquerda e que não era mau, por mais isto tudo muito obrigada - e soma à conta geral.
Penso nos meus candidatos do coração, um aqui e outro no norte, em quem não pude votar.
Institucionalmente, o sentido de dever cumprido. De um contexto adverso, de uma boa equipa, e apesar dos apesares, de um contexto extremamente difícil e dos mais agressivos que conheci. Mas há sentimento bom de ainda há pouco ter tido a casa cheia de visitas, de serem tão especiais e recebê-las agora, de ter a ilusão de que a casa pode estar de portas abertas e arejar.

Somados os factores, há sobretudo um sentimento bom de fundo, uma coisa que não sei bem explicar. De não ver os < 3 tristes, de os achar bem, de saber genuinamente que eles são bons, que são pessoas gigantes e que sabem disso. De pertencer, de dever cumprido. É quase esquisito, eu sei, e só penso que estamos aí para continuar.

Ah, e cada vez mais, mas não nasceu (só) aqui. De o e-day ser uma festa, de ser das maiores, de vestir bem e porte a condizer, de quem tem um dia em que especialmente se sente cidadão.
         

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