Era uma vez um malai português
Que em todo o batuque dançava por três.
Tanto bailou com as moças alegres
Tanto bailou que lhe deram as febres.
Tanto bailou e tornou a bailar,
Que até para a cova lá foi a dançar.
Bailemos, ao som dos sagueiros.
Não têm toada mais fina os ribeiros.
Suspiros das folhas do verde gondão,
Abraços e beijos, são do coração.
Bailemos, bailemos, à luz do luar,
Que a vida não pára, lá vai passar.
(Lahane, Timor, Junho de 1908)
Alberto Osório de Castro, A Ilha Verde e Vermelha de Timor
Já aqui deste livro tinha falado. Ao poema não resisti, (re)encontrado aqui (onde consta em versão completa). E só me lembro de uma tarde em que a Sara, e depois eu, nos metemos a bailar num balinho timorense, mesmo à beira do Ilhéu de Jaco. Há vídeos com esse registo, há quem diga por aí... ;)
Ps-e que giro hoje ter conhecido alguém que, há 60 anos, passou dois anos em Baguia... e me fez umas belíssimas descrições de Baucau. :)
Ps-e que giro hoje ter conhecido alguém que, há 60 anos, passou dois anos em Baguia... e me fez umas belíssimas descrições de Baucau. :)
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