quarta-feira, abril 06, 2011

sem palavras

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Actor, realizador e activista político, mas principalmente por defender uma “intifada cultural”, que acreditava ter mais sucesso do que uma acção violenta. Nas últimas décadas, Mer-Khamis tornou-se um dos maiores críticos da política israelita face aos palestinianos.

Juliano Mer Khamis foi assassinado na segunda-feira, em frente à escola de teatro em Jenin, em frente ao filho de 10 meses. Deixou a mulher grávida de gémeos. Deixou as 700, 800 crianças que todos os anos actuavam nas montagens do Teatro da Liberdade.

Nascido e criado em Nazaré, no Norte de Israel, Juliano Mer-Khamis era filho de mãe judia israelita, defensora acérrima dos direitos dos palestinianos, e de um pai cristão palestiniano, que liderou o partido comunista em Israel.

Acusado de “traição” por ser filho de mãe judia israelita e de “corrupção moral” por desencaminhar os jovens de Jenin com obras de teatro em que se “atrevia” a misturar no mesmo cenários rapazes e raparigas, Mer-Khamis viu o seu teatro incendiado por duas vezes e passaram-lhe pelas mãos folhetos redigidos e distribuídos por islamitas radicais que o ameaçavam de morte.

Do Público. Fiquei sem palavras, é daquelas coisas que nem tem nome. Estou em choque.
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