sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Fiat Lux*

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Como é da praxe, hoje toda a gente tem de escrever sobre a chafurdice actualidade política do momento.
Mais uma vez, e para não variar, vejo-me a fazer parte de uma minoria pensante. Mas, e mais uma vez, somos poucos mas muito convictos.
Em termos de "opinião" (que não o é, como vão ver) parece-me que este assunto é claro, clarinho e acho que uma simples explicação declarativa pode bastar.
Por isso, e como também não tenho a pretensão de inventar a roda, aqui ficam duas "crónicas" alheias. Da esquerda à direita: uma do 31 da Armada, a outra da Fernanda Câncio.

A mais forte vem da Fernanda Câncio, e não posso deixar de subscrever na íntegra (em tudo). A fonte é o que é, mas do ponto de vista dos princípios ela está carregada de razão - e não se pode deitar fora os princípios, só porque vêm de um hipotético "inimigo" - ou pode?
No fundo é mesmo isso que, embora não o assumindo, está toda a gente a discutir.

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*e não, não se trata de um modelo automóvel.

5 comentários:

Gonçalo Valverde disse...

Não gosto que se use o argumento de "totalitário" por dá cá aquela palha, e é exactamente o que Fernanda Cancio faz.
Por outro lado, alguém tem dúvidas que o que aqui se passa não é mais do que uma luta entre poderes económicos e que ganhe quem ganhar, somos nós enquanto cidadãos que sairemos prejudicados?
Por outro lado, José Socrates também se colocou a jeito para esta questão.

Sr. Jeremias disse...

Talvez um bocadinho de bom senso também servisse...

Tiago Pascoal disse...

Olá Carla! Num instante, mas prometo voltar para melhor apreciar este teu espaço, concordo, como já falávamos ali ao lado, muita gente acha que já se fez luz, mas ninguém tem coragem para prender, ainda que simbolicamente, o Sr. Primeiro-Ministro.

Ninguém fez sequer um site parecido com o arrestblair.org; todos falam e ninguém parece fazer nada - será que afinal as certezas são assim tão profundas ? Claro que vai haver sempre uma data de questões cuja verdade nunca, ou muito tarde, virá ao de cima, mas o extenso rol que tem sido colocado na praça pública, sem que nada aconteça a nenhum dos intervenientes, sejam políticos, juízes, procuradores, jornalistas, ou até mesmo nós cidadãos, que apenas nos afundamos, isso é que devia irritar todos os portugueses; esta falta de acção, de apurar a verdade, esta verborreia ao estilo enviesado de homenagem ao país de poetas e escritores que nós somos, só nos fica mal, cá dentro e lá fora.

Há quem diga que a música mais pesada, tipo Black, Death Metal e outros metais que tais lhes faz confusão à cabeça, a mim faz-me este ruído mediático todo. E também os silêncios e verdades formais de outros interveniente, que também são ensurdecedores.

Inté!

Nuno Serra disse...

Concordância plena e total (com o que está em causa e com a denúncia do que, infelizmente, melhor faz caminho). A selecção de dois textos para dizer isto é excelente. Não é preciso estar-se do mesmo lado da barricada para se defenderem princípios.

GWB disse...

Eu não gosto da expressão totalitário da Fernanda Câncio, já tinha ditado oralmente para a acta :).
Mas está muito bem escrito e conseguiu colocar tudo o que é de bom senso no papel. Às vezes é o que basta.
A questão para mim não é sequer sobre continuidade ou não de Sócrates. Não preciso dizer aqui. É sim o empolamento que se fez perante a um dispositivo legal, um direito dos cidadãos, muito bem previsto na lei - não queiram que se retire as providências cautelares da lei ou criar uma excepção para a comunicação social - e chamar isso censura.