a rolling stone gathers no moss*

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Se tivesse de fazer um balanço do ano que passou... ui, até tenho medo.

Não foi um ano bom.
Foi praticamente um ano "de passagem", um ano em que me parece que estive sempre "entre coisas". Um ano daqueles em que até parece que nos esquecemos de viver. (Life is what happens when you're busy making other plans.) O pior é que também não me parece que os tenha feito - ou se fiz, saíram furados. Pois é.

Não foi um ano de construção - foi um ano em que muita coisa (algumas delas tão importantes) se desconstruiu. Desmoronou. E eu fiquei aqui, a olhar para elas. Toma, embrulha e vai buscar. Boquiaberta.

Aconteceu mais do que esperava, com mais intensidade do que alguma vez esperei.
Quando o balanço que vinha de trás já era mau, eis que aqui ainda conseguiu piorar. E eu que fiz? Nada. Cá estamos, continuamos. (E talvez nisto também haja uma aprendizagem - bem dolorosa.)

Foi um ano em que aprendi muitas coisas. Aprendi sobretudo da minha necessidade de aprender, que de muitas coisas não sei verdadeiramente nada (fica esse como um dos objectivos, sem dúvida, para 2010) e também elas podem ser necessárias.

No meio disto tudo, pergunto-me se não estarei a ser demasiado pessimista. Talvez.
Pergunto-me o que aconteceu de bom em 2009 - porque não acredito que tenha sido tudo negativo.

Acho que o que houve de bom também passou.

E 2009 fecha assim, um ano de caminho entre o nada e o lugar nenhum. Venha o 2010, arregacemos as mangas. Onde tudo se desmoronou, recomecemos. Essa é a primeira lição, a essencial, embora custe. Cá estamos - não podemos sempre ir embora. Também isso é novidade, mas também isso é aprender.

*e parece ser esta sempre a minha "maldição". Será que a posso/devo/quero/tenho coragem para mudar?...