Não tenho maturidade para escrever prosa, por exemplo.
Começo a linha a pensar no fim da frase, do parágrafo, se necessário.
Escrevo com a cabeça cheia de assunto já: lastro que ocupa por duas ou três vezes a deslocação da mão.
Depois páro.
Olho em volta, dentro e fora.
E calha quase sempre encontrar um espelho onde pense: esta sou eu.
Vai-se a prosa.
A maturidade de pensar a longo prazo. Ter uma ideia guardada para duas páginas depois, escondê-la.
Eu não concebo mais do que a urgência de a escrever imediatamente. Ainda que o resultado seja invariavelmente uma página vazia...
terça-feira, março 01, 2005
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