Pensa que tomas comigo
esse punhado de homens na mão.
(Como se só a riqueza disto tratasse:
a ambição de possuir, homens, de preferência.)
Pensa que caminhávamos
ao som de milhares de corpos
e que a nossa humanidade
assim se revelava.
O corpo corrupto, o santo,
ferido, íntegro, mutilado,
quieto, ágil, o corpo
módulo de quantos corpos
possam alguma vez existir
nós.
Pensa que nada em ti é original
Se esse corpo te cabe, outro igual te antecedeu.
Teus pensamentos seguem
os homens maiores que um dia
os criaram.
Pensa: eu sou assim animal formatado
pensa: o sangue passa por mim como rio universal.
22Fev.05
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
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